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Clima de violência

"Não conheço esse projeto, mas vejo, infelizmente, um aumento do clima de violência nas escolas. Nossos alunos estão vindo com uma agressividade profunda, que se vira contra os colegas e os professores", relatou à BBC Brasil a professora Mary Jane Corrêa, que conhecia Marta desde menina e foi vizinha da família em Porto Alegre.

Por seis meses, Mary Jane foi professora de Marta no colégio municipal onde a jovem estudou até se mudar para Cachoeirinha.

O delegado Leonel Baldasso disse que a polícia investiga a hipótese de a adolescente ter sofrido bullying na escola, mas ainda é cedo para afirmar com certeza. Colegas dela estavam sendo ouvidos na tarde desta sexta-feira na delegacia de Cachoeirinha.

De acordo com a professora Mary Jane, Marta era quieta e tranquila. Segundo ela, a família desconhece episódios repetidos de bullying sofridos pela garota. "Ela tinha acabado de entrar na escola! Queremos que tudo seja esclarecido", afirmou.

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul mantém desde 2012 um programa de prevenção à violência nas escolas e, segundo a coordenadora Luciane Manfro, o projeto inclui desde apoio aos alunos até terapia para professores.

"Tínhamos docentes que pediam ajuda para lidar com tanto sofrimento ou lecionar em áreas violentas", relembra a coordenadora.

O Luiz de Camões, onde Marta morreu, optou por não participar do projeto. "Com a tragédia, só temos a lamentar essa decisão, e vamos incluir a escola no programa", ressalva Manfro.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39238538

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